Sim, já tinha perdido quase 12kg! grrrr

quinta-feira, 31 de julho de 2008

Balanço de Julho (e da dieta...)


Finalmente consegui conciliar o peso da minha balança digital com o da régua aí de cima. Ando a pairar entre os 68.8 e os 69, portanto, não lhe mexo por tão pouco.
A partir de agora as pesagens oficiais serão ao sábado, com a digital já dá para perceber ganhos e perdas de menos de 500 gr. A velha balança continua simpática: uns 68 a dar pra os 67.5… (coisinha mai linda!!! ternurinha da mamã!!!)

Seja como for, perdi cerca de 1.300 na digital e mais de um quilo na outra. Resultado positivo!

Mas tem mais coisas positivas, essas sim, muito melhores que um reles quilo na balança:

1 - Perdi 3 cms de cintura este mês! Sim, aquele imenso pneu, que a qualquer momento poderia ser requisitado pelo Ministério da Agricultura para equipar tractores, está a desaparecer!
Comecei a dieta com 105 cms de cintura, com um claro problema de obesidade abdominal, que como sabem é a mais perigosa de todas para a saúde. Em bom português: eu estava a rodear os meus rins, pulmões, coração, fígado, pâncreas e mais meia dúzia de órgãos vitais com banha. Em risco de ficar com Síndrome Metabólica, que acarreta coisas tão desagradáveis como diabetes, complicações cardiovasculares, apneia do sono, entre outras coisas.
A nossa cintura não deve exceder os 80 cms e acima dos 88 as coisas complicam-se imenso. Imaginem-me com 105! Era uma bomba relógio ambulante!
Venham-me lá falar da necessidade de nos amarmos gordas e tal. Sim, sim, porque cobrir os nossos órgãos vitais de gordura é mesmo de quem tem auto-estima alta, está-se mesmo a ver!
A minha cintura está neste momento com 92 cms, ainda longe do completamente saudável, mas também mais longe do risco em que se encontrava. E vai continuar a encolher! (até porque tenho ainda duas saias lindas de morrer que não me servem, diga-se de passagem…)

2 – Colesterol, triglicéridos e outras coisas que tais: o colesterol está em níveis normais! No início da dieta estava a 270, muuuuiiitoooo acima do indicado. Os triglicéridos? De uns espantosos (cof, cof..) 386 para…. 173! O ideal é entre 50 – 150, mas sei que é uma questão de tempo, disciplina e cuidado para que fiquem também dentro dos valores normais. A glicose nunca foi problema, mantive-me sempre abaixo dos 80 (o normal é 70- 110).
Tudo excelente na parte de hematologia, creatinina e ácido úrico e restantes miudezas. Sou oficialmente uma gaja saudável! (com um pé marado e dentes problemáticos, é certo…)

Agora o meu orgulho: a Gama-Glutamil Transferase (GGT) serve para despistar lesões hepáticas que tenham origem em excesso de gordura, álcool e drogas. O valor deve ser menor que 32, acima disso já estamos a prejudicar o fígado. Também descobri que nas pessoas com muita gordura abdominal este valor costuma ser alto e, se não for corrigido, continuará a subir até termos a tal Síndrome Metabólica. Eu tinha 36 e agora tenho 27!

É obvio que o propósito deste post não é vangloriar-me das minhas conquistas (ok, ok, talvez um bocadinho…), a ideia é passar uma imagem positiva da dieta.

Ter cuidado com o que se come não pode ser visto como sacrifício em nome da moda, dos modelos sociais e de tantas outras tretas.

Ter cuidado com o que se come é, fundamentalmente, a maior prova de amor-próprio e auto estima que poderemos fazer.

Um ganda beijo e que venha Agosto!

Ps – Vou procurar alguns links interessantes para meter no post, acerca destes termos médicos.

Pps – a papoila da foto foi comprada hoje e ainda não sei onde a vou meter. Aquela mãozinha é a minha, imaginem o tamanho dela!

terça-feira, 29 de julho de 2008

Pequenas derrotas


Hoje um velhote meteu-se comigo.
Na semana passada, estava eu linda com o meu vestidinho novo (14 € em saldo de 50 %) e um outro também mandou uma boca acerca do vestido e da dona.

Mais do que incomodar, isto fez-me uma impressão estranha.

Pensei, pensei e concluí:

Eu estava tão gorda que já nem os velhotes pervertidos se metiam comigo!


(agora vou meditar se isto é bom ou mau… )


sábado, 26 de julho de 2008

Obesidade: da responsabilidade dos pais

Ontem vi uma cena que me horrorizou: às 20.30 a minha vizinha deu uma grande fatia de pizza à filha de nove anos. Ali mesmo na padaria, com o argumento de que “ainda ia fazer o jantar e a menina precisava lanchar alguma coisa entretanto”.
Eu não duvido que a menina precisasse de lanchar algo enquanto esperava que a mãe cozinhasse. Mas… não poderia comer um iogurte? Uma peça de fruta? Um pouco de pão com fiambre, um copo de leite?
Pizza???? Ah… claro que adivinharam: a miúda é bem gorda. O irmão, aos 14 anos, já tem banha na barriga a tapar o cinto das calças.

Culpa das crianças? Claro que não. Culpa dos pais, digam o que disserem!
Estou farta de ouvir pais a queixarem-se que os filhos estão gordos porque comem muita porcaria, que até comem às escondidas, que isto e que aquilo.

Mas… quem é que habitua os bebés a açúcar? São eles que saem do berço e vão à procura de açúcar para pôr na chupeta quando estão a chorar? Quem é que os habitua a comer fruta com açúcar? A não conhecerem o sabor natural do leite? Quem é que lhes dá diariamente bolachas, biscoitos, refrigerantes????
Ainda há dias uma pediatra se queixava que em três consultas seguidas, as mães declararam que os filhos só bebiam sumos porque não gostavam de água. Tudo crianças com menos de 10 anos. Todas crianças obesas, com tensão alta e colesterol. Isso mesmo, colesterol.

Se é verdade que a partir de certa idade as crianças começam a ter dinheiro para comprar comida na rua, também é verdade que só engordarão imenso se os pais lhes derem mesada ilimitada e eles deixarem de comer comida saudável em casa.

Até aos 10 anos, uma criança não tem autonomia para comer na rua sozinha. Não é ela que decide o que os pais compram e armazenam em casa. Não é ela que enche a despensa e frigorífico de porcarias! Os meninos vão ao armário e comem um pacote inteiro de biscoitos por dia? Hum… e quem é que os comprou???

Os meninos querem? Exigem? Fazem fitas? E depois???? Não morrem, pois não?
Já de obesidade é possível morrer! Ou, no mínimo viver muito pior e por menos tempo.

Creio que hoje em dia muitos pais têm medo que os filhos os considerem uns chatos. Têm medo que fiquem “traumatizados” por serem os únicos a não levar um bollicao para lanche na escola.
“Tadinhos, são crianças, precisam comer”. Claro que precisam comer… mas sobretudo, precisam de se alimentar correctamente, certo? Precisam de ter acesso a nutrientes de qualidade para construírem um esqueleto saudável, por exemplo.

Ficam traumatizados por a mãe lhes negar porcarias? Paciência! Ficariam muito mais se as mães lhes dessem porcarias e eles crescessem gordos e disformes, prontos a serem os outsiders da turma. Os que são gozados, os que nunca são escolhidos para os jogos, os que servem de referência: “A Ana é aquela ao lado do gordo”. O gordo não tem nome, não tem cabelo preto ou loiro. O gordo é o gordo e isso basta.
Como diabo podem os pais achar que é natural que as crianças sejam gordas? Como podem esperar por milagres? “Quando for para a escola emagrece”, “quando chegar à adolescência dá um esticão e perde peso etc, etc.

Eu não fui uma criança gorda e mesmo assim tive problemas com o excesso de peso.
Há imensos estudos que mostram que as células de gordura se multiplicam na infância e que ficamos com elas até morrer. Isso mesmo, até morrer! Encolhem, mas não morrem, não desaparecem. Vão pedir comida sempre!
Que legado é este que tantos pais parecem achar normal deixar aos filhos? É mais importante ser um pai/mãe cool, que “entende os desejos das crianças”, ou garantir um futuro saudável?


Eu apostaria no futuro saudável, ainda que isso custasse umas sobrancelhas franzidas, uns amuos…

Quando eu era miúda e saia com a mami, ele levava sempre um pão com manteiga para mim. Quando eu pedia um bolo, ela dizia: “tens aqui o pão”. Se eu dissesse “não quero pão!”, a resposta era sempre a mesma: “então é porque não tens muita fome”. E caso encerrado.
No meu caso, tal devia-se a problemas com cáries dentárias, o açúcar foi sempre muito limitado. Ficava de trombas? Claro que sim! Mas ainda hoje lhe agradeço o cuidado!




terça-feira, 22 de julho de 2008

Papoila bem comportada

E lá se acabaram os três dias de descanso, praia, passeio e boa comida.
Isso mesmo, leram bem, aqui a Papoila comeu muito bem tendo em conta a situação. Nem uma grama engordei! E olhem que tive direito a mariscadas, tapas espanholas, gelado, vinho e pão alentejano.
O milagre? Não tem milagre, tem… planificação!

Vamos por partes:
O casal amigo com quem fui passar estes dias não é lá muito dado a comidas lights, preferem as tradicionais. Também têm horários muito diferentes dos meus, almoçam lá pelas 14/15h, jantam às 21.30, na melhor das hipóteses… fazem imensas refeições fora…
Noutra altura, isto seria logo um “se é prá desgraça, é prá desgraça”.
Desta vez não foi! Para começo de conversa, meti no meu saco pacotes de 200 ml de leite se soja, fáceis de transportar, bolachas de aveia integral e maçãs gala. Levei também aveia suficiente para os pequenos-almoços. Determinei que não seria apanhada longe de um frigorífico longas horas e à mercê de bares de praias e afins. Iria comer no MEU horário, independentemente deles.

Sábado
Cheguei a Lisboa às 9.30 da manhã e lá estavam eles à minha espera. Primeira paragem: Jardim do Príncipe Real para pequeno-almoço deles e um café para mim. Aproveitamos para comprar lá frutas e legumes de excelente qualidade, já que ao sábado há um mercado ao ar livre de produtos biológicos. Recomendo vivamente a quem mora perto!

Fomos a casa prepararmo-nos para um tarde de praia. Antes de sairmos, aí pelas 13.30, almocei uma salada com queijo fresco, comi uma peça de fruta e meti outras no saco da praia. Eles não comeram nada, já que tinham tomado um bom pequeno-almoço.
Praia, mar, banho…. E “almoço” às 17 da tarde, no restaurante da praia: camarão, amêijoas, mexilhões e…. salada, muita salada, duas fatias de um pão excelente e água como bebida. Se estava a comer pão, não ia abusar mais e beber cerveja, certo? Eles dividiram uma mousse de chocolate, de sobremesa.
O jantar? Fruta e um copo de leite, já por volta das 22h

Domingo:
Levantei-me às 7.30 e aproveitei o facto de eles viverem a uns 700 metros da praia. Comi uma laranja, peguei numa garrafa de água e fui caminhar uma hora na marginal, voltei para casa e tomei o meu leite com aveia. (aqueles estafermos são dorminhocos!)
Almoçamos em Cascais, num restaurante italiano excelente e comi uma coisa que não sei o nome nem nunca tinha visto. Limitei-me a copiar o pedido da minha amiga, já que temos gostos muito parecidos. Eram vegetais e queijo feta salteados e embrulhados numa massa folhada finíssima, super leve e acompanhado de rúcula de um molho que não identifiquei. Devia ser o equivalente a uma colher de sobremesa, espalhada em salpicos no prato e não na salada. Aquilo parecia comida de revistas gourmet!
Para ser honesta: apeteceu-me fotografar aquilo tudo, mas não quis dar aspecto de provinciana… lololol Sobremesa? Um doce que juntava morangos, uma bolacha finíssima e crocante e mousse de maracujá.
Notem bem: a sobremesa foi dividida pelos três!
À tarde comi gelado da célebre gelataria Santini. Eu não ia a Cascais há uns 7 ou 8 anos, recusar um gelado era crime! Se os reis de Espanha quando vêm a Portugal vão lá comer gelado, eu lá ia deixar passar a oportunidade?

À noite os filhos (já adultos) do meu amigo iam lá jantar a casa, por isso houve jantar “a sério”: lombo assado com alecrim, arroz de forno e cogumelos salteados. Optei por iniciar a refeição com uma salada de tomate e só depois provei a outra comida. Comi pouquíssimo, mais interessada na conversa do que em morfar. Bebi um copo de vinho da Bairrada, excelente.
Sobremesa: gelado de chocolate negro. Comi uma colherzinha de sobremesa.
E sabem que mais? A embalagem era de 250 gr, seis adultos comeram gelado e ainda sobrou quase metade da embalagem.
Claro que eles são magros!
Aliás, reparei bem na quantidade de comida que ingeriam e devo dizer que apesar de à primeira vista “comerem de tudo, até sobremesas calóricas”, a verdade é que as quantidades eram mínimas! Aquilo que para nós será um dia, na melhor das hipóteses, a fase de “manutenção”, para eles é comer normalmente. Não há exageros, não há repetições generosas, não há pratos cheios. Tão simples quanto isso!
Tanto em casa como na rua, comem pouco. Não admira que se mantenham elegantes!

Alguma vez, numa família de gordos ou glutões, uma embalagem de 250 gr de gelado daria para seis pessoas e ainda sobraria? Eu tenho sérias dúvidas!

Não vou falar do que comi ontem, uma vez que foi na mesma linha: uma refeição fora com coisas diferentes do habitual e muito cuidado nas restantes.
Reparem bem: muito cuidado. Comer pouco naturalmente não é inato em mim como parece ser nestes meus amigos.
Nos restaurantes, comi exactamente como eles: pouco. Mas fi-lo por disciplina, por medo de pôr a perder todo o empenho das últimas semanas. Não o fiz por achar que metade da comida que me põem no prato é mais do que satisfatório. Não o fiz por desprendimento à comida.
Fi-lo porque me propus ter um peso mais saudável, mais de acordo com a minha altura e idade.
Olhando para eles, sinto que me falta ainda um longo percurso a percorrer.

Talvez eu nunca seja capaz de comer pouco por apetite natural. Talvez tenha de vigiar a minha alimentação sempre, especialmente em termos de quantidade.
Mas em conversa com a Estela, percebi uma coisa: não sou a única que faz uma alimentação impecável mas sempre a sonhar com o que ficou na travessa.
Se calhar, temos algum defeito de fabrico… mas reconhecermos estas características e lutar contra elas é meio caminho para a vitória!

Melhor ainda: não estamos sós!



Ps – obrigada por torcerem pela artrose! Lolol (ao que uma gaja chega!)

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Aceitar ser gorda? uma ova!

Não, eu não derreti com a vaga de calor! Mas pouco falta!
Tenho andado por aqui a meio gás, tirei as manhãs desta semana para fazer uma série de exames e consultas.
O pé continua a dar-me trabalho, vou agora fazer um TAC para confirmar (ou não!) uma suspeita pouco simpática. Façam lá muita força para eu ter uma artrose, tá? É que a outra hipótese não é nada boa.
Para já, a médica “ordenou-me” que perdesse 10 kilos o mais rapidamente possível. Seja qual for o diagnóstico final, qualquer uma das situações será bem mais fácil de suportar se estiver leve. (Que surpresa!)

Mas eu não vim aqui para escrever um post depressivo, ao melhor estilo do “ai tadinha de mim, tudo me acontece!”

Já perdi demasiado tempo da minha via a lamentar-me por as coisas não correrem de acordo com o que desejei. Como ainda ontem comentei com uma amiga muito querida: nada é definitivo, nem o bem, nem o mal. Tudo passa. Isto também passará.

O propósito deste post é um alerta.
Imaginam porque é que eu dei cabo duma articulação? Façam lá uma ideia… pois!
Eu sempre tive pés sensíveis e é certo que o pé esquerdo está impecável. Mas a verdade – dita pela minha médica – é que este tipo de complicações são típicas de pessoas com excesso de peso. Claro que poderia ter tido este problema sem excesso de peso, mas muito provavelmente só o teria bem mais tarde. (nem quero imagirar como estaria se tivesse chegado aos 100 kg!)

Muitas vezes leio em blogs pessoas que defendem o “direito a ser gordinhas”, alegando que são gordas saudáveis, com taxas sanguíneas impecáveis, que muitos magros têm colesterol e patati patata. Tretas!
Isso é só parte do problema! E as articulações? E a perda de mobilidade? E os problemas de fertilidade? O perigo da diabetes? As complicações cardiovasculares?

Amarmo-nos tal como somos, ter uma boa auto-estima não é assumir a obesidade ou “apenas” excesso de peso como uma característica normal, estilo ter olhos castanhos ou azuis. É fazer o possível para ter o máximo de saúde possível, naquilo que depende de nós. E o peso, salvo raríssimas excepções, depende de nós, por muito tempo que a gente se tenha andado a enganar. Não há conspiração divina ou genética contra nós. Há a nossa predisposição a repetir o arrozinho, a comer uma fatia de bolo extra para “não fazer desfeita”.

Eu não tenho paciência para os movimentos do “fat acceptance” e do “big is beautiful”.
Isso de andar passar a mãozinha pela cabeça e a dizer “que importa se pesas 120 kg, o teu interior é que conta”, é um disparate total. E perigoso, ainda por cima! Pode funcionar enquanto a pessoa é jovem e o corpo, mal ou bem, vai absorvendo os choques. E depois, à medida que se aproxima dos 40, 50 ou 60 anos?
Alguém aqui quer ser uma velhota entrevada “mas com um interior lindo”????

Há uma diferença muito grande entre ter peso saudável e ter corpo de modelo. Mas as pessoas “anti-dieta” falam como se para ter um peso normal, fosse supostos sermos magríssimas, com corpo de modelo de passerelle. Sejamos honestas: as possibilidades de conquistarmos esse corpo é reduzida e na maioria dos casos, nem é a meta a atingir.


E agora chega de leitura e passemos aos bonequinhos:
Vejam a diferença que seis quilos entre estas fotos fizeram! Nas primeiras tinha 76 e nas mais recentes, 70. Olhem bem para as costas de jogador de rugby que eu tinha, e digam lá que pequenas perdas, como esta de 8%, não fazem diferença!



As calças são exactamente iguais, aproveitei uns saldos para comprar em 3 cores. Isso também é típico de gorda: serviu? Leva logo 2 ou 3 antes que esgote!
Tou fora dessa!!!

Ps – n sei se a foto dá para aumentar ao clicar, digam alguma coisa, tá?

Pps – amanhã vou para Lisboa, regressarei bronzeada na terça!

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Pilates - desafio pessoal



Como vocês estão fartas de saber, eu adoro Pilates. Faço uma vez por semana - o dinheiro não dá para mais - mas nunca falho uma aula ou estou lá só a fazer corpo presente. Como estive mais de dois anos sem fazer, perdi muita da minha flexibilidade e equilíbrio, mas sinto que estou a recuperar a passos largos. Recomecei em Março, o que quer dizer que devo ter feito cerca de 15 aulas desde o início.




Em Março, voltar a fazer isto foi um desafio. Para as mais distraídas, isto pode parecer um exercício de braços. Mas não... a força é toda feita abdómen. É daí que vamos buscar estabilidade para não deixar a bola fugir enquanto fazemos flexões.


Depois de me habituar novamente à bola, gatinhar com os cotovelos foi fácil...


Et voilá! O início do pike! Este exercício depende da concentração, equilíbrio.. e claro, força no pneu, digo banha, ai que porra... abdómen!
Voltei a fazer isto no mês passado.



Pike mais desenvolvido: neste momento faço mais ou menos isto (a bola fica na canela, mas junto ao tornozelo).
É mais fácil do que parece: basta concentrar, respirar certinho e dizer mentalmente todos os palavrãos que conseguirem... (para quanto uma postura mais zen??)



Este ó o meu objectivo: fazer um pike perfeito, cheio de elegância.


Falei neste exercício como poderia ter falado noutros. Mas este é ilustrativo de como estou a vencer barreiras físicas e psicológicas (o medo de mergulhar de trombas no chão é muito real!).

Emagrecer, para mim é isto: reencontrar tanto a minha boa forma estética como a minha boa forma física.
De nada me valerá emagrecer muito se me cansar facilmente ou for incapaz de ter agilidade física.
Entre ter 60 quilos e estar em grande forma física ou ter 50 e não poder com uma gata pelo rabo.... escolho os 60, sem a mínima hesitação.

Meninas: vamos parar de ver o ginásio como parte dolorosa do percurso! Desde Março emagreci apenas 3 quilos, mas o que ganhei em condicionamento físico é muito vísivel.
Pilates dá-nos uma sensação de poder, de controlo sobre nós mesmas. E nós precisamos muito disso, não é?

Além disso, para quem está muito fora de forma ou gordinha, tem a vantagem adicional de não ter saltos (logo não se sobrecarrega ainda mais as articulações nem se faz figura de ursa a tentar seguir uma coreografia doida que toda a gente conhece de cor... excepto nós!).
Reforçar os nossos músculos e articulações antes de voltar a correr ou saltar a toda a força é uma atitude muito inteligente, não acham?


ps - fora que poder dizer "ok, sou gordinha mas equilibro-me em cima do bola de cabeça para baixo", dá um gosto do caraças. Acho que vou imprimir isso numa t-shirt!

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Fruta de época


Olhem bem para estas pêras D. Joaquina que comprei hoje!
Digam lá que não parecem de brincar! :)))

terça-feira, 8 de julho de 2008

Dieta, poupança e ecologia



Pode a dieta ser sinónimo de poupança? Podemos ajudar o ambiente enquanto perdemos uns quilos de banha? A resposta é… sim!

Iogurte:
Primeiro comecei com o iogurte por ser mais saudável, sem corantes nem conservantes e muito menos adoçantes artificiais. Dois litros de leite magro, um iogurte natural e uma colher de sopa de frutose é tudo o que gasto. Com 1.50 € faço iogurte para uma semana para três pessoas. E de qualidade!
Lá em casa comem-se uma média de 3 iogurtes/dia. Isso dá 21 potinhos/semana e 84/mês. É muito potinho para ir para o lixo, não acham? Reduzi os potinhos a uns 4/5 por mês!
Melhor ainda: estou a salvar o urso polar!

Gelatina:
Compro gelatina Royal 0% gordura. Se comprar feita, em potinhos, pago 1.49 € por quatro, saindo cada potinho a 0.37. Se comprar em pó, com 1.39 faço 7 porções – 0.19 por porção!
E a caixinha é de cartão, muito mais fácil de reciclar que potinhos de plástico!
Se for gelatina normal – por exemplo, para crianças – a poupança ainda é maior.
Se os fedelhos vierem cá com tretas que querem as de marca, que isto e que aquilo…. Mostrem-lhe uma foto de um panda e expliquem-lhes que os tadinhos estão a morrer porque os humanos destruíram o equilíbrio ambiental. Os putos são mais sensíveis a animais fofinhos do que a argumentos de poupança. Mas não levem a coisa ao ponto de mostrar fotos do Dragão de Komodo: é capaz do estafermo desatar a comer tudo o que esteja embalado em plástico só para ver se mata o bicho!

Feijão, grão, lentilhas:
Comprar a granel em mercados ao ar livre. Quase todas as cidades têm uma feira semanal ou um mercado municipal que está aberto ao sábado. Usem-no! Um quilo de bom feijão pode ser até 40% mais barato.
Quem está no Porto pode ir ao Bolhão e deliciar os sentidos no meio de tanta flor!

Frutas e legumes:
Comprar a granel nas tais feiras e mercados. Sem embalagens catitas de isopor e plasticozinhos estampados, as frutas e legumes tendem a ser bem mais baratas. Um exemplo? Compro maçã Gala no mercado entre os 0.60 e os 0.90/quilo. No supermercado não encontro a menos de 1.30.
Outro aspecto a ter em conta: no mercado tradicional, podemos comprar muita coisa directamente a pequenos produtores. Além dos preços serem menores, ainda nos propõem coisas do género “leve lá a dúzia, que eu faço a x”. Ao contrário das grandes superfícies, estes pequenos produtores não conseguem deduzir nos impostos as “quebras”, daí que seja preferível vender um pouco mais barato e escoar os produtos.

Tremoços:
Agora compro secos. Um quilo custou-me 1.10 e depois de cozinhados, rende aí uns 3 quilos!
É só deixar de molho uns 2 ou 3 dias e depois cozer na panela de pressão aí uns 45 minutos em lume brando. Se ainda estiverem duros, basta cozer mais uns 15 minutos. Ficam novamente de molho até perderem o azedume. Acrescenta-se sal e já está.
Este método é válido para casas onde se comam muitos tremoços (quase sem calorias e ricos em fibras e proteínas!). O sabor? Uma agradável surpresa!
Para quem não quer ter este trabalho: nos mercados tradicionais há quem faça isto e os venda a granel. São muito, mas mesmo muito mais baratos que os comprados um potes de plástico no supermercado. Fora que são conservados apenas em sal, não há cá reguladores de acidez e outros aditivos estranhos. O mesmo vale para as azeitonas: muito mais baratas a granel do que em frascos e pacotes.

Cereais matinais:
Cansada de pagar 2.50 por 375 gr de cereais supostamente light?
Podem ter poucas calorias mas têm quantidades absurdas de aditivos, fora que de integrais têm muito pouco. Na maioria dos casos, mais vale comer pão!
Andava há algum tempo a “namorar” aveia, mas todas as embalagens de flocos que encontrava tinham as instruções de como fazer papa. Ora de manhã já tenho que preparar o almoço, perder tempo a fazer papas estava fora de questão.
Comprei meio quilo de flocos de aveia pré-cozinhados por 2.90 €. Estava contente com a relação nutrientes/preço até falar com a Crazy Cat. Depois a Flávia confirmou: os flocos de aveia normais são perfeitamente comestíveis sem serem em papas! Basta juntar leite ou iogurte e comem-se como os cerais que compramos em caixa!!!
Comprei um saquinho de 400 gr da Cem por Cento (flocos integrais) por 0.84!
Já experimentei e são óptimos. E pensar que paguei 2.90 pelos outros!
Três a quatro colheres de sopa e leite e lá está um pequeno-almoço saudável, nutritivo, saciante e… baratíssimo!

Por isso, da próxima vez que a vossa alma gorda vos tente insinuar que o melhor é mesmo comer um salgadinho porque não têm dinheiro para fazer dieta… mandem-na dar uma volta ao bilhar grande!


Ps – a idiota da filha da amiga da minha mãe, desdenhou do meu iogurte, ao melhor estilo “eu tenho dinheiro para comprar feito”, estão a ver o filme?
Botei o meu melhor ar de enfado e repliquei “Ai Susana, quem tem duas filhas és tu… se não te incomoda que elas possam a vir ter dificuldades em arranjar água potável…enfim, cada um sabe o amor que tem aos seus”.
Calou-se como um rato! Lolol

Pps – ok… eu estou looooongeeee de ser boa pessoa, eu sei!

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Agradecimento



Tenho alinhavado um post sobre dieta, poupança e ecologia mas também tenho ali umas prateleiras de vidro a pedirem para lhes limpar o pó...


De modo que vim só agradecer todo o vosso carinho e atenção. Espero poder passar brevemente pelo cantinho de cada uma para agradecer pessoalmente, mas até lá:


MUITO OBRIGADA!!!

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Um pedido...

No ano passado fechei a minha loja linda e grande no Porto, a cidade que amo desde criança.
Lojas grandes e lindas têm custos de manutenção altíssimos e eu não estava a ter lucro para tanto. Passei então para uma loja mais pequena, numa cidade também mais pequena. A mudança de instalações custou uns milhares de euros e eu passei o Verão a recompor-me com muito esforço desse investimento. Esforço ao ponto de uma simples ida ao McDonalds poder abalar as contas da semana.
O pior era ter de fingir optimismo e boa disposição lá em casa para não preocupar os meus pais nem os deixar perceber o tamanho do meu problema.

Mas nunca me faltou nada em casa, uma vez que moro com os meus pais. E o que é que eu fazia? Trazia comida de casa. Não apenas a sopinha de legumes e o requeijão que trago agora, mas tudo o que me apetecia: Bolachas Maria, pão, quantidades doidas de arroz, massa, chocolates e tudo o que estivesse à mão. Comi, literalmente o meu desgosto, a minha frustração, os meus medos.

A época de Verão é cada vez mais difícil: as Primaveras deram em ser tardias, as colecções ficam à espera da chegada do calor. Soma-se a isso as promoções cada vez mais antecipadas: mercadoria que recebo em Março, é suposto já estar em promoção em Junho/ Julho e em saldo em Agosto. Os pequenos comerciantes não conseguem fazer face às marcas das grandes superfícies e têm mesmo de ceder e vender mais barato. Muitas vezes a preço de custo ou pouco mais que isso. E ainda dar um saquinho de papel que custa no mínimo 40 cêntimos! E pagar aluguer, condomínio, luz, taxa de Multibanco, impostos… o que sobra nestes meses? Nada. Se dá para pagar essas contas já uma sorte dos diabos.
Próximos lucros? Só lá para Setembro ou Outubro.

Mas a minha intenção não é aborrecer-vos com a minha situação financeira, até porque problemas todos temos e não me passa pela cabeça que o meu caso seja especial.
É antes um pedido de ajuda: se nos próximos meses me sentirem a fraquejar, a considerar a ideia de me poder sentir melhor depois de enfardar 3 pães com manteiga, por favor, não me passem a mão pelas costas.
Não me digam “tadinha, tás numa fase difícil, é normal estares sem cabeça para a dieta”.

Por favor, chamem-me à atenção, recordem-me o Verão passado, em que não tinha dinheiro para comprar roupa nova e não podia usar a que tinha porque estava enorme e nada me servia.
Estão autorizadas a usar até a brutalidade, se o caso for grave!

Sobretudo: recordem-me que se é mau não ter dinheiro, ser pobre e GORDA é muito pior!

Conto com vocês!

terça-feira, 1 de julho de 2008

Parar para respirar


As coisas por aqui andam complicadas, com mil e um problemas para resolver. Mas este blog não é para falar dessas coisas, por isso: adiante!
Por outro lado, este blog pode mostrar como lidar com a frustração e o cansaço, sem que isso inclua uma tarte de maçã. Ou pão com marmelada e queijo. Ou omeletas de bacon e azeitonas. Pronto, vocês entendem a ideia, certo?

No sábado fechei a loja mais cedo e fui para a praia. P R A IA. De B I K I N I. Isso mesmo, aquelas duas terríveis peças que guardamos no fundo da gaveta e que vestimos sempre a medo! Bom… não me ficou grande coisa. Mas fiquei muito feliz, porque no ano passado só fui à praia uma vez e saí de lá cheia de marcas… não do sol, mas dos elásticos e fechos do dito! Este ano, apesar de não ficar um arraso (era preciso não ter banha para isso acontecer, né?), ficou bem jeitoso, sem magoar nem entrar por onde n devia. Ei! Estou a falar do fecho a espetar-se pelas costas dentro, tá?

Domingo: caminhada de 7 kms seguida de leitura de jornais e respectivos suplementos. Acordei com um sabor esquisito na boca, mas logo percebi que tinha adormecido o jornal em cima da cara. De boca aberta, claro. Gorda que se preze, come até papel enquanto dorme.
Comida super saudável e regular, um domingo lindo. Pelo menos foi até a D. Cida ir lá a casa e levar um monte de pãezinhos de queijo deliciosos. É nestas alturas que viro nazi e defendo a deportação de todos os brasileiros. Pelo menos, daqueles que fazem pãezinhos de queijo. Os outros não me dão comida, podem ficar à vontade.

Segunda: não vim trabalhar. Fui à dentista e não me apeteceu mesmo vir trabalhar. Aproveitei para passear na baixa do Porto, ir a casas antigas comprar coisas raras de encontrar nas cidades mais pequenas. Comprei chá moçambicano (absolutamente divino!), tremoços secos, sementes de acelga, endívias, couve chinesa e nabo vermelho. Vi polvo seco (alguém sabe cozinhar aquilo?), lombos de bacalhau à antiga (e com preço futurista…), pão de Trás-os-Montes, ladrilhos de marmelada… entrar em lojas como esta da foto é uma verdadeira aventura dos sentidos…

Parei por uns dias. Às vezes é preciso tirar tempo, respirar fundo e fazer algo de que gostamos muito. A fase que se avizinha é complicada, mas passível de ser ultrapassada. E desta vez não a vou ultrapassar de garfo da mão. Quero ultrapassar isto com um biquini de um número abaixo. Mai nada!