Sim, já tinha perdido quase 12kg! grrrr

sábado, 27 de dezembro de 2008

Prémio Prenda de Natal Original...

Esta é a Gertrudes, uma franga poedeira. O destino dela não será um qualquer tacho, mas sim pôr ovos lindos e frescos. Para isso vai ser alimentada a milho, couves e outras coisas "antiquadas". Nada de rações industrializadas!
(Generosa prenda de uma amiga da família, que teve a gentileza de a proteger do frio e decorar com fitinhas alusivas à época!)



A Diana lá vai perdendo o medo do mundo e já se aventura pela casa fora. Adora dormir com o Diogo porque com aquele pêlo todo, ele é uma boa aposta!

Quanto a pesagens e outros assuntos relativos ao tema deste blog: é que nem quero saber! :))))

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Bom Natal a Todas!


Hoje não terei tempo para visitar ninguém, a loja finalmente começou a ter movimento de Natal!
Na impossibilidade de passar por cada um dos vossos cantinhos para desejar Bom Natal e blábláblá, aqui ficam os meus agradecimentos pela excelente companhia que me fazem!

Beijos mil

Teresa (a.k.a Papoila)

ps - tirem as patinhas dos doces! :)))

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Natal, família e comida


A miúda da foto acima sou eu, com uns nove ou dez anos, aí por volta de 1980.
(Convém dizer que a data para perceberem que a roupa era mesmo assim estranha!)
E porque é que meti esta foto? Porque foi mais ou menos nesta fase que comecei a ser tratada como gorda na minha família materna. O meu primo, um magricela a quem eu subjugava facilmente nas brincadeiras, de vingança começou a tratar-me por “saco de batatas”. Exceptuando os meus pais, toda a gente achou piada à coisa, até porque eu era nitidamente gordinha. Para ser mais exacta: eu era a criança mais gorda da família e ninguém deixava de me dizer isso.

E agora vocês perguntam… “Mas olha lá, tu não te enganaste na foto? Essa é duma criança perfeitamente normal.”

A verdade é que eu era uma criança normal. Tive foi o azar de nascer numa família onde ser gordo era e é inadmissível. Onde a comida é encarada como funcional, já que se tem que sobreviver, mas enfim… nada de lhe dar importância.
Raramente vi a minha avó sentada à mesa, tenho um tio que devo ter visto comer umas 3 ou 4 vezes na vida. O outro come bastante… quando se lembra, o que quer dizer que raramente come mais do que duas vezes num dia.
O meu primo magricela não gostava de comer e a idiota da minha tia não via nada de mal no assunto, afinal era adolescente, tinha mais coisas em que pensar do que em comida. Para perceberem: só quando o rapaz desmaiou aos 16 anos, com 1.92 e 65 kg e o médico lhe disse que ele estava bastante doente, é que ela percebeu que ele não era apenas “magro”. Há vinte anos atrás, era raríssimo encontrar rapazes com anorexia nervosa. O meu primo era dos pouquíssimos do país. A mãe dele, sempre que chega aos 55 kilos jejua, faz “o que for preciso”. Quando aos 40 e poucos anos teve que fazer uma histerectomia e engordou horrores (comenta-se na família que chegou a pesar 65, coitadinha…) simplesmente não saía de casa com vergonha. Não faço ideia do que fez para perder os quilos, mas dieta saudável não foi de certeza.

A outra tia? Teve um filho aos 18 e recuperou logo a forma. O segundo teve-o aos 35 e a coisa já não correu tão bem, já não era magrinha, era normal. Ora a minha tia nunca quis ser “uma vaca gorda”. Para encurtar a história: entrou numa de jejuns, seguidos de períodos de chás e torradas. Ocasionalmente uma sopa, um peixe grelhado. Mas quase todos os dias bebe um copo de leite, do mal o menos.
Tem 60 anos, uns 40 kilos, anemia crónica, problemas renais e cardíacos. Volta e meia vai parar ao hospital subnutrida. O diagnóstico? anorexia nervosa, intercalada de fases de bulimia. Conseguiu a rara proeza de se tornar anoréxica depois dos quarenta anos.

Por razões que não interessam agora, cresci mais liga à família materna do que à paterna, gente absolutamente normal, capaz de comer três tipos de doces numa festa. Tem uns dois ou três “focos” de gordos, mas 80% da família é normal. Uns por natureza, como o meu pai e alguns irmãos, outros por disciplina, quanto mais não seja pelo medo aos AVC e problemas cardíacos que ensombram o historial genético da família.

Cresci duma forma verdadeiramente bipolar: na família materna era gordinha e gulosa (era capaz de comer dois pães seguidos!), na família paterna era magra e faziam mil e um malabarismos para me convencerem a comer carne, já que eu praticamente só gostava de peixe. Se eu comesse um segundo pão era porque “estava a crescer”. Uma tia velhota do meu pai fazia uma broa fantástica e guardava sempre o pedaço mais bonito para “a menina, que coitadinha, é muito biqueira”.

Mas como convivia mais com a família materna, estava mesmo convencida que era gorda. Pior: tinha mamas, coisa pouco habitual por aquelas bandas. Agora olho para fotos da adolescência e percebo que não era gorda porra nenhuma.

Só depois dos vinte anos, quando os meus primos começaram a namorar e casar é que eu percebi mesmo que eles é que não eram normais. Lembro-me de comentarem que o meu primo namorava com uma gorda e quando a vi tive um choque do caraças: era mais ou menos como eu de peso, mas com uma figura de ampulheta invejável.
Casaram, são felizes, mas volta e meia ela vai comer fora das vistas do meu primo. Não que ele a proíba de comer, claro. Mas o olhar dele de horror perante uma tosta mista é verdadeiramente irritante. Dá vontade de lhe pespegar com o queijo quente nas trombas!
Aliás, foi esta prima emprestada que me disse um dia “olha… não é que sejam más pessoas, mas não são normais. A relação deles com a comida é doentia e eu não paciência para os aturar à mesa”.

E isto leva-me às festas de Natal e afins: como ninguém tem paciência para cozinhar (nem para comer, carago!), compra-se um leitão assado, umas frutas, os bolos típicos e pronto. A mesa não chega para todos? Claro que não vão buscar outra! Simplesmente, comem à vez. Nunca vi toda a gente sentada à mesa a comer… quando muito cirandam à volta da mesa, petiscam e tal. Estar “alapado” à mesa é coisa de gente glutona.
Tirando a minha mãe, ninguém naquela família cozinha decentemente. Vivem de sopa (a única coisa que toda a gente sabe fazer!), fruta, leite e queijo. E café, litros de café.

No meio de tudo isto, tento encontrar o meu caminho. Se por um lado saio à família paterna e gosto de comer, por outro, não escapei à herança materna: não gosto de ser gorda, odeio ver corpos balofos e não acredito lá muito que se possa verdadeiramente ser feliz com muitos kilos a mais.

E sabem que mais? Este Natal vou comer rabanadas e pão-de-ló. Mas vou-o passar com os meus pais, longe da paranóia da família materna e das mesas fartíssimas da paterna.

Equilíbrio, é isso que procuro!

ps - a mami ligou, a "prima Rosa", herdeira do talento para cozer broa da "tia Rosa", mandou uma broa de milho e centeio linda "pra menina". Tou lixada, tá visto!


sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Novidades e cusquices :)


Ontem ri-me na cara duma gaja. A ranhosa (literalmente!) veio com uma conversa de dietas, medicamentos e outras tretas. Pediu-me para lhe dizer “o que ando a tomar”.
Lá lhe expliquei que não tomo nada, mas que faço exercício e dieta. “oh, sim… pois… mas para ser uma diferença tão grande, alguma ajuda deves ter”.
Recapitulei: dieta, exercício. Que em 15 meses de dieta, emagreci 12 kg, o que dá uma média de 1.250 kg por mês, muito longe dos resultados obtidos com a toma de medicamentos. Agora nota-se muito… mas os primeiros 5 kg que perdi, pouca gente reparou neles, tão gordalhufa eu estava!

Veio a mãe da gaja e reiterou a ideia das minhas “ajudas” e rematou com um fabuloso “isso é típico das mulheres que emagrecem, nunca contam o segredo”.

Segredo??? Não tem “segredo” nenhum! Tem é boca fechada e rabo fora do sofá e da cama! Disse-lhe: “olha, G, eu levanto-me antes das sete e vou caminhar, subir degraus, andar de bicicleta ou nadar. Todos os dias!” (ok, ontem não fui, estava frio demais até para mim!!!)

Resposta dela: “tão cedo com o frio que está? Isso faz muito mal aos pulmões, podes apanhar uma gripe ou pior”. E olhem… não me contive… “Achas? Mas tu é que andas sempre a assoar-te e a tossir! Eu cá tenho os pulmões e brônquios limpos”.

Pronto… talvez eu não tenha sido uma simpatia… mas esta gaja já me anda a irritar há muito tempo, por muitos motivos (inclusive por se ter esquecido algumas vezes de dar lanche à própria filha durante as férias da mãe, mas enfim…).

Agora o ridículo da cena: aqui há umas 2 ou 3 semanas, a senhora da loja de guloseimas resolveu dar gomas a todas. Recusei por um motivo óbvio: odeio gomas, sou absolutamente incapaz de trincar aquilo sem ter vómitos. Educadamente, recusei.
E começou ali uma cena surrealista: todas me queriam convencer a comer porque era uma marca nova, muito boa. Recusei novamente e acabei por confessar que não gostava de gomas, convencida que isso poria termo à conversa.

O que fui dizer! Uma delas desatou ali a dizer que eu estava obcecada com a dieta, que não podia ser assim, que o excesso de restrições faz mal, que é preciso comer de tudo e ter uma ida normal. (de tudo??? Desde quando gomas fazem bem???).
Eu dizia: “mas eu nunca gostei de gomas”
Elas ouviam: “prefiro passar fome a engordar”.
Nunca me tinha acontecido nada assim!
(dias depois, uma veio dizer-me que a senhora tinha ficado ofendida por eu ter duvidado da qualidade das gomas… PQP!!!)

Uma das que acha que não nos devemos privar de nada, que a vida é curta para viver sem prazeres (sim, porque uma goma é um prazer do caraças…), que temos de aceitar a natureza e viver de bem connosco era… a tal G!!!

Resumindo: recusar uma goma é contra a natureza, mas tomar medicamentos para emagrecer, não? Porreiro, pá!

Agora as novidades: inscrevi-me no ginásio perto de minha casa e vou começar a fazer musculação e indoor cycling. Dá para ir a pé ou de bicicleta (poupo na gasolina!) e ainda por cima é bastante acessível. Como a mami também vai fazer ginástica, temos um “Cartão Família”… três vezes por semana, 25 euros por mês cada uma!
Não tem piscina nem Pilates… mas já desisti de fazer tudo no mesmo local, só mesmo em ginásios caros. E como se sabe, quem não tem cão, caça com gato!

Para quem não sabe: em Janeiro vou fechar a loja e procurar outro rumo de vida. Como o Pilates é aqui perto da loja, não vai dar jeito fazer 20 kms para cada lado só para vir às aulas. Pensei, investiguei… e esta é a solução possível por agora. Vou ficar sem Pilates, mas vou começar outras coisas. E também vou tentar comprar um vídeo porreiro… vou tentar fazer em casa. Não tenho dinheiro para pagar Pilates e outro ginásio e ainda a natação…

Preciso dar uma aceleradela ao processo, ando a pastar entre os 67 e os 68 desde Julho! Falta de vergonha na cara, é o que é!

Acima de tudo: recuso-me a ficar fechada em casa, deprimida por ter ido à falência e a engordar como uma lontra. Mereço mais do que isso. E mai nada!

Ps – amanhã é dia de pesagem, vamos lá ver como me saí esta semana!

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Uma semana para o Natal!

Ainda estou aqui a recuperar-me do raio da fedelha e respectiva mãe, que só sabia dizer “a mamã fica tão aborrecida quando tu te portas assim!”.
E eu fiquei aborrecida por precisar tanto do dinheiro, porque a minha vontade foi expulsá-las da loja. Para terem uma ideia: como não a deixei brincar com o computador, a filha do demo deu a volta ao balcão e tentou atirar com o monitor ao chão!

Mas adiante!

No sábado tinha 67.6, o que quer dizer que perdi 400 gr em plena semana de tpm e red zone. Yess!!

Mas… no domingo despistei-me por completo e comi pão branco a mais. Com manteiga, claro está. E quatro oreos. E resmas de fruta.
Fiquei em casa a tomar conta da minha avó e do Diogo, que resolveram fazer um concurso muito especial: qual deles dava mais trabalho e sujava mais roupa. Ficaram empatados!

Foi um dia tão, mas tão entediante que para me ocupar resolvi… passar roupa a ferro! E como não tinha adoçante em casa, bebi montes de café com açúcar, que é a única bebida que não sei beber ao natural. Posso não beber doce, mas ao natural não consigo mesmo.
Nem uma caminhada até ao quiosque para comprar o jornal pude fazer: não se pode deixar a minha avó 20 minutos sozinha, ela arranja sempre sarilhos.

Resumindo? Aumento de peso, claro!
Mas ontem voltei ao controle e hoje também seleccionei muito bem os alimentos que vou consumir.
Uma coisa é patinar um dia, outra bem diferente é assumir um “perdido por cem, perdido por mil”. Those days are over!

E agora sobre o Natal: é daqui a uma semana. Por isso, nada de andar por aí a comer por antecipação!
Ontem, na aula de Pilates, éramos apenas quatro dos 10/12 usuais. Aparentemente, muita gente não põe os pés no ginásio em Dezembro porque “tem de fazer as compras de Natal” e “não dá jeito”. Helloooo???

Se já sabemos que esta é uma época engordativa por natureza, vamos deixar de lado o exercício? E por acaso é preciso começar a comer bolo-rei logo no princípio do mês?
Natal é a 24 e 25 de Dezembro! E a desculpa das compras? Com tantos dias para as fazer, lojas abertas ao domingo e feriados… a única hora para as fazer é exactamente a do exercício????

Enfim, muitas coisas para dizer sobre isto, mas tenho muito trabalho aqui para organizar… Por falar em trabalho, peço desculpa por estar com os comentários tão atrasados, mas lojas nesta época do ano são cansativas. Eu vou seguindo os blogs e tenho lido mais ou menos toda a gente, mas comentar é que está difícil… mas tenho descoberto blogs bem interessantes de novos leitores do meu. Eu estou atenta! :))))

Portanto: nada de ceder à época e toca a dar o vosso melhor. No ano passado engordei 1.6 kg no Natal. Este ano estou apostada em não engordar nada ou, no limite, 500 gr. É o meu desafio pessoal de Natal!
E o vosso, qual é? Tudo menos chegar a Janeiro parecido com um texugo, certo?

Beijocas!

Ps – hoje levantei o rabo da cama às 7h e fui caminhar 45m em passo acelerado e introduzi 400 degraus no exercício. Os últimos 50 foram um terror para o Diogo, que olhava para mim a pedir colo! Que não tivesse corrido tanto atrás de coelhos!



segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Desabafo


Acabei ter aqui uma mãezinha que acredita no poder da palavra e do diálogo.
A filha, obviamente, não está para aí virada.
Infelizmente, estrangular criancinhas que dão pontapés em caixas de lingerie é crime.

ohhhh... que injustiça!!! e raisparta a mania que certas mães têm de ir às compras com os monstrinhos, digo, filhotes, a tiracolo!


Ps – ia postar mas tenho ali umas 20 caixas no chão, com as coisas de fora… a mãe disse logo que estava com pressa!

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Yes, we can!

Ontem foi um dia complicadíssimo, quer em termos pessoais quer em termos profissionais.

Começo mal, lá pelas 3 da manhã com o Diogo doente, a vomitar a casa toda. Ulcerin pró menino e mantinha em cima dele. Aqui pra menina, uma esfregona para limpar a porcaria.

Sete da manhã, hora de levantar para ir para a piscina. Preguiça. Não preguiça de nadar, mas de levantar-me, arranjar-me, meter-me no carro. Dei por mim a fazer uma lista de desculpas para ficar mais uma hora na cama: dormi mal; está muito frio; estou com o período; tenho que ir às compras para loja e se não for nadar, posso adiantar-me nas compras e logo à noite faço Pilates, não é preciso exercício duas vezes num dia.
Quantos mais argumentos encontrava, mais danada ficava. Levantei-me e fui para a piscina! Afinal, as minhas ancas estavam enormes!

Estava eu nas compras, bem longe da minha loja, quando recebi o telefonema de uma pessoa que adoro e que não vejo há um ano: estava em frente à loja, convencido que me ia fazer a surpresa do século. Infelizmente, não podia esperar por mim, já que tinha pouquíssimo tempo e eu precisava de uma hora para chegar lá.
Esta pessoa faz parte da lista “Meia dúzia de pessoas sem as quais a minha vida teria sido muito triste”. Foi um autêntico murro no estômago, um desapontamento sem limites. Não vale a pena entrar em detalhes, basta dizer que foi das piores coisas que me aconteceu nos últimos meses.

Lá me endireitei, almocei direitinho e vim trabalhar. Uma dor de cabeça violenta, fruto da tristeza, pensei eu. Mas as luzes brilhavam, brilhavam e eu não conseguia ler nada… ohhhh… poisssssss…. Tinha colocado as lentes de contacto trocadas! Ala comprar líquido para poder fazer a troca. Porreiro, ando mesmo a precisar de despesas inesperadas.

Dia chato na loja, ainda a tristeza/revolta/fúria por não ter visto uma das pessoas que mais gosto. Fecho a caixa. Faltam 15 euros. Refaço as contas uma e outra vez. Continuam a faltar 15 euros. Reslvo investigar a carteira… será q n gurdei dinheiro da loja e não me lembro?
Descubro que me falta uma nota de 50 euros. Dinheiro meu, destinadinho a um pagamento. Porreiro, pá.
Caminho de um lado para o outro na loja, em fúria total. Olho-me no espelho e não, não é engano: o raio das ancas crescem a olhos vistos!

Penso: “vou acertar as contas, demorar o tempo que for preciso, já nadei de manhã, a prioridade é resolver isto”.
E de repente… guardei o dinheiro, arrumei tudo e saí da loja sem ter percebido a diferença dos 15 euros. Ou onde perdi os 50 da carteira. Percebi que não eram prioridade. O dinheiro não estava na caixa nem na carteira, por isso de nada adiantava revistar tudo pela 32546ª vez.

Fui à aula e a meio de um exercício frente ao espelho percebi porque é que as ancas parecem enormes: a cintura é que está a afinar, a banha da barriga finalmente está a ceder!

Fiz tudo direitinho, fui para casa e comi um prato de sopa. Nem um disparate! O meu único desvio foi comer a meio da tarde 3 bolachas Maria que não estavam previstas. Mas no meio do carrocel que foi o dia, só posso ficar orgulhosa do meu comportamento.

Contrariedades vão existir sempre… mas o meu corpo é prioridade. Eu sou prioridade.
Não comi por estar triste, aborrecida, preocupada, furiosa, frustrada. E já agora, 65 euros mais pobre, o que atendendo à minha situação financeira, é um rombo jeitoso.
Não fiquei em casa a curar a neura.

Saí de casa e fui nadar.
Saí da loja e fui fazer Pilates.
Não comi por para compensar nada. Não achei que “merecesse uma coisa boa”.
Ou antes: achei que merecia e fui tratar de melhorar o meu corpo, o estado de espírito.

Desculpem lá a falta de modéstia: ontem senti orgulho de mim!

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Tarefa "Missão Possível"

Não me apetece muito falar do meu percurso de gorda, de como cheguei aos 79 kilos.
É passado.
Por isso, vou aproveitar a tarefa do desafio Missão Possível para falar um pouco do que aprendi até agora.

Aprendi que a responsabilidade é minha. Ninguém me enfia comida pela garganta abaixo. O corpo é meu, é minha responsabilidade tratá-lo com carinho e responsabilidade. Se eu não for capaz de tratar de mim… sou capaz de tratar do quê ou de quem?

Aprendi – ou melhor, confirmei – que não consigo perder peso sem exercício físico. E que quanto mais faço, mais gosto do meu corpo e menos me apetece estragar o esforço com uma porcaria qualquer.

Aprendi a dizer não. Às vezes sai-me naturalmente, outras com muito esforço e algumas vezes, confesso, patino. O que interessa é que já são mais as vezes em que acerto do que as em que erro e que o tamanho desses erros é agora muito menor. Agora como meio croissant e fico cheia, enjoada!

Aprendi a seleccionar o que como com base nas características nutricionais e não nas calóricas. Bolachas diet podem ser pouco calóricas… mas que vitaminas e outros nutrientes essenciais me dão? Nenhuns! Então… fora! O mesmo para tanta coisa light e diet que eu consumia. Aliás, a minha engorda verdadeira deu-se numa fase em que eu comia imensas porcarias dessas. Agora dou-me ao luxo de comer uvas, figos, bananas… pouca quantidade, é certo, mas nada do que é natural me é proibido.

E é aqui que muita gente se esbarra: o mito da “RA em que se come de tudo”.
Eu até como de tudo… desde que não sejam coisas processadas. Portanto, biscoitos, bolachas, chocolates, lasanhas, refrigerantes, entre tantas outras coisas que não me trazem nenhum benefício, estão ausentes no meu dia a dia. Não como. Aprendi que não posso.
Claro que poderia comer um bocadinho de tudo, entrar numa de não me privar e tal… e depois? Claro que emagreceria. Mas como ficaria a minha pele, o meu fígado, os meus rins, os meus músculos, tudo? De que me adiantaria ser magra e ter colesterol? Um chocolatinho diário compensa forçar o pâncreas a produzir mais insulina? Compensa o risco de vir a ter diabetes daqui a uns anos? Sem falar na vaidade! Comer porcarias, mesmo não engordando, potencia celulite e gordurinhas localizadas. Alguém aí quer ser magra com papinhos e celulite abanadora??? Eu não!

(já estou a mudar de assunto! É que ando aqui a pensar escrever sobre o mito da gorda feliz e saudável. Adiante!)

Voltando atrás: tive de aceitar a responsabilidade. Responsabilidade por mim, pela minha alimentação. Sem desculpas. Isto não quer dizer que não me perdoe falhas ou me torture de culpa. Quer apenas dizer que não me perdoo demasiadas falhas, que me recuso a passar a mão pelo meu próprio pêlo.

Custou-me imenso diminuir o pão, a manteiga, o arroz., o queijo… custou-me aprender a não comer sobremesa quando janto fora.

Mas…
Custava-me muito mais:

Ter vergonha de ir à praia.
Ter vergonha de me despir à frente das amigas.
Ter vergonha de encontrar amigos que não via há anos.
Entrar nas lojas de roupa e não ter nada que me servisse ou ficasse mesmo bem.
Vestir-me sempre de forma clássica e discreta, porque nada me caía bem.
Sentir-me ponto de referência.
Pesar mais do que os meus pais.
Ir nadar e ter alguém a perguntar-me se a natação emagrecia e se estava a resultar.
Ser tratada por senhora.
Ter colesterol, triglicéridos, bolinhas de gordura no fígado.
Ter uma cintura de risco acrescentado de problemas cardíacos, respiratórios e metabólicos.
Ter dores nas articulações por pequenas lesões.
Ter as coxas cheias de celulite.
Ter um pneu digno do Guia Michelin.
Etc, etc, etc.

Resumindo: nenhuma comida, por muito gourmet que seja, compensa não nos sentirmos bem!

A dieta, a RA, o que lhe quiserem chamar, vai resultar se metermos na cabeça que é para nosso bem. Que valemos o esforço, que a nossa saúde deve ser uma prioridade na nossa vida. Algumas emagrecem rapidamente, outras não.
Mas o importante é não ver as necessárias alterações de hábitos como um castigo, uma cruz.
Como poderemos considerar que tratar do nosso corpo é um sacrifício?

Não como Mac, não como um prato cheio de arroz, não como bombons.

Mas:
Compro roupa em qualquer loja.
Estou tecnicamente saudável.
Aumentei a minha capacidade e resistência física.
A minha pele está muito mais calma.
A celulite das coxas está a níveis mínimos, tendo em conta o meu peso actual.
O meu pneu perdeu 15 cms.
Voltei a usar vestidos.
Voltei a usar botas de cano alto. (Com salto!)

Yep… o chocolate é sobrevalorizado!

ps - alguém mais tem dificuldade em pôr cor no texto? ou será o meu blogger que está marado???