A Ana Sofia pergunta ali em baixo "onde anda a Papoila que não gosta de doces". Pois, não sei... Ou antes, sei: nesta época há doces caseiros que são típicos do frio.
Não tenho grande coisa por bolos normais, mousse de chocolate, profiteroles e afins porque - lá está - estão disponíveis todos os dias do ano. As rabanadas, por exemplo, são uma paixão desde miúda.
Aqui vai a minha receita:
- 1 cacete já com uns 2 dias
- 1 litro de leite
- 1 pau de canela
- 1 vagem de baunilha
- raspa de um limão
- 5 ovos (+/-)
- canela em pó
- açúcar amarelo
Aquecer o leite com a baunilha, a raspa do limão e o pau de canela. Aquecer ao lume para que os aromas "abram", não se deve aquecer no micro-ondas. Também não deve ferver.
Colocar as fatias do pão num tabuleiro fundo. Regar as fatias com o leite quente para que fiquem bem húmidas. Passar pelos ovos batidos e fritar. O óleo deve estar bem quente para que elas não quebrem nem absorvam muita gordura. Pôr as fatias já fritas em papel absorvente.
Num prato, colocar a mistura de açúcar amarelo e canela em pó, previamente peneirada para que não haja grumos.
Quanto às filhozes da minha mãe: não sei dar uma receita capaz, ela faz tudo "a olho".
É feita com abóbora-menina, daquela muito laranjinha e doce, previamente cozida e escorrida. Deve escorrer algumas horas dentro dum saco de pano, ela garante que fica muito melhor. Depois junta farinha, açúcar (aquele light resulta muito bem...) e ovos para ligar a massa. Um cálice de Porto ou até de aguardente apura o sabor. Com duas colheres fazem-se filhozes aí do tamanho de um bolinho de bacalhau, fritam-se como as rabanadas, absorve-se a gordura excedente e passam-se pelo açúcar com canela.
Lá em casa usamos açúcar amarelo para envolver os doces, o aroma e o sabor são muito melhores que o refinado.
Para além destes dois desastres, confesso um grave problema com frutos secos. Pinhões, nozes, figos secos (mas só os Pingo de Mel), avelãs, pistaches... adoro todos. E cada um mais calórico que o outro, nem é preciso comer grande quantidade! bolas!
Percebem agora porque digo que não foi um problema de quantidade de comida mas sim da qualidade da mesma???